Que dia perfeito, fechei o ano muuuuuuito bem!!!
Acordei com um sol que não dá para explicar, não tinha uma nuvem no céu, o dia estava tão bonito que o frio (menos 5 graus) não era nada. Hoje a Saorin (a japonesa que morava aqui em casa) foi embora, ajudei ela levar as cosias até o ponto de ônibus, porque o anjo aqui de casa não estava nem acordada na hora que a menina foi embora, fiquei com dó, ela iria levar três malas sozinhas, me explica como? Fiquei triste por mim, afinal ela era a única pessoa que eu podia contar aqui, Stefani é legal também comigo, mas ela é puxa saco da Faith, essa semana até olhou a sobrinha (a menina é um anjo igual a ela) dela à noite, acredita? Mas também fiquei muito feliz pela Saorin, afinal está se libertando da bruxa, coisa que ninguém merece, e agora ela vai lavar o banheiro da própria casa.
Depois de ajudar a menina, fui me encontrar logo pela manha com o Gabriel e com a Moara, finalmente fomos resolver o problema do passaporte, dessa vez não teve surpresa pelo caminho, ainda bem, só aí já percebemos que o dia seria ótimo. Chegamos uma hora antes do consulado abrir, mas o cara que trabalha lá (meu Deus, que homem lindo, meninas vale a pena perder o passaporte só para dar uma olhadinha para ele) já estava no local e foi muito atencioso com a gente, diferente do outro que nos atendeu da outra vez. Ele conferiu os documentos, viu que estava tudo certo e pediu que a gente aguardasse.
Esperamos uma hora, mas confesso que passou muito rápido, acho que nós estávamos tão entretidos com os nossos planos para o ano novo, que a hora voou. 10 horas e finalmente o consulado abriu, então problema resolvido, ufaaa. O passaporte do Gabriel fica pronto na quinta feira.
Problema resolvido à hora agora era decidir o que faríamos a noite. Almoçamos pizza as 11 da manha, afinal tínhamos que economizar para a festa. Depois fomos visitar algumas baladas para saber quanto estava o ingresso e onde era o local correto, pois sabíamos apenas pelo endereço do site. Andamos, andamos e nada, todas elas abriam às 4 da tarde, então eu e Moara resolvemos dar um presente para o Gabriel: Ir ao Stanley Park em um dia de sol. Esse era o desejo dele desde o dia que ele pisou em Vancouver, mas como todas as vezes que fomos lá só choveu, então prometemos que voltaria, e o dia escolhido foi hoje, afinal precisávamos comemorar o novo passaporte.
Fomos ao Park e não nos arrependemos, estava frio, mas o sol (coisa rara aqui) compensava qualquer sacrifício. Tiramos muitas fotos, mas muitas fotos mesmo, tudo era motivo de foto, as pessoas que passavam olhavam para a gente e davam risada, porque era um passo e um click. Passamos a tarde toda por lá até que a hora que começou a escurecer (4 da tarde) nós viemos embora mesmo porque iríamos comprar o nosso ingresso da balada.
Durante o caminho de volta já sabíamos aonde iríamos: Century (http://www.centuryhouse.ca). Esse local fica perto da escola e como alguns amigos já haviam dito que iriam comemorar o ano novo lá, resolvemos ir também. Pagamos 60 dólares, tudo bem vocês vão dizer que estava caro, mas as baladas não são mais baratas que isso. Com esse valor nós podíamos consumir 4 drinks (cerveja, vodka ou tequila) até a meia noite. Então abraçamos a causa e confiamos que teríamos o melhor reveillon de nossas vidas, só tinha um problema: O nosso ingresso era de numero 8, então surgiu aquele medo: Não vai ter ninguém!
Ingresso na mão hora de se arrumar. Confesso a vocês que voltei tarde para a casa, tinha tanta coisa para fazer (unha, mandar alguns emails, lavar o cabelo, escolher a minha roupa...) mas o dia que passamos compensou tudo, então cabelo, unha e recados que fiquem para o próximo ano.
Hora da indecisão: Que roupa vestir? A única certeza que eu tinha era o sapato que eu iria usar (ahh, e não iria usá-lo pela primeira vez andando de Skytrain, essa era outra certeza, rs...) vesti mil blusas e cabei optando por uma blusa vermelha que sempre me deu sorte. Stefani resolveu ir com a gente para a festa, mas na hora que ela viu a minha roupa foi logo dizendo que eu iria sentir calor e me ofereceu uma blusa PRETA. Eu claro que agradeci, mas ela fez questão que eu experimentasse. Nem experimente, neh? Preto no ano novo? Agradeci e disse que iria com minha blusa mesmo, e foi a sorte porque eu ainda senti frio dentro da balada. Aqui eles não ligam para reveillon como a gente, não soltam fogos e muito menos se importam para a cor da roupa, a festa na verdade é feita pelos brasileiros que aqui estão.
Saí de casa atrasada com meu sapato novo. Fui super preocupada com a Moara, pois ela já estava no lugar combinado a muito tempo e meu ônibus foi lotado e parou em todos os pontos, mesmo porque o transporte no ultimo dia do ano é de graça, olha que maravilha? Enfim, cheguei no lugar combinado junto com o Gabriel (também estava atrasado), Moara não estava, ficamos preocupados; ela foi chegar uns 20 minutos depois, estava atrasada porque esqueceu o ingresso da balada na casa dela e teve que voltar do meio do caminho (na verdade ela queria esbanjar a grana, neh... mesmo porque ela não precisa mais contar as moedas para comer). Minha querida amiga foi a maior incentivadora da compra do meu sapato, ficou dizendo que ela nunca sairia comigo se eu não estivesse bem arruma; mas vocês acreditam que ela foi se sapatinha? A Cinderela tropeçou e machucou o pé, não conseguiu colocar seu lindo sapatinho, rs...
Chegamos na balada e não tinha muita gente, foi a nossa sorte porque conseguimos pegar mesa. O ambiente é bem legal, não tem muito brasileiro, tem mais canadense e tem também gente de todas as idades. A balada conta com dois ambientes, um que toca de tudo e outro que toca house. As bebidas não são caras, um enérgico custa 4 dólares, mais barato que no Brasil; falando em energético, eu nunca bebi tanto energético com vodka na minha vida (minha bebida preferida, isso porque eu não bebo, mas tudo bem, rs...)
Um dos momentos mais legais foi à hora que o Gabriel saiu com a Stefani para comprar bebida, eu e Moara ficamos sozinhas na mesa. Sentaram 4 meninos, três foram conversar com a Moara e um comigo. A hora que a gente disse que éramos brasileiras, eles amaram, rs... mas eu dava tudo para que vocês vissem eu e a Moara cortando a deles, eles no maior xaveco para cima da gente e a gente com aquele papo de: Eu namoro, meu namorado está no Brasil. Eu amo meu namorado. Tudo isso em inglês, rs... mesmo porque nós tivemos que falar a maior parte da noite em inglês, por causa de Stefani, vocês imaginam o que deu? Estou com dó dela até hoje! enfim, no final da noite acabamos nos tornando amigas dos meninos. Um detalhes, o menino que ficou conversando comigo era árabe, mas o pai dele não tinha poço de petróleo,kkk...
Guardamos o ultimo ticket de bebida para a meia noite, tequila, clarooo. Eles não fazem contagem regressiva aqui, mas isso não impediu que a gente fizesse a nossa festa. Meia noite: tiramos foto e mandamos a tequila para dentro, o negocio é ruim, mas ate que fica bom depois, kkk. Foi aí que a festa começou!