terça-feira, 1 de fevereiro de 2011

Qüinquagésimo nono dia – 31 de janeiro – Segunda feira

Acordar hoje não foi difícil, o difícil mesmo foi levantar da cama, meu corpo todo doía, eu não conseguia me mexer, minha perna e meu bumbum estavam doendo muito e estavam roxos dos tombos que eu tomei, pensei varias vezes em não ir para aula, mas o lado razão do meu cérebro falou mais alto, então resolvi fazer minhas atividades diárias normalmente. O difícil foi olhar para a minha calça preferida e ver que ela estava rasgada, sei que vou ter que jogar no lixo, mas não consigo, coitadinha, ela veio para Vancouver achando que iria fazer um mega passeio e não vai mais voltar para o Brasil, não sei se sinto mais dó dela que vai ficar por aqui ou de mim que fiquei sem minha calça preferida.
O dia estava estranho, mas também era de mais querer dois dias seguidos de sol em Vancouver, ou será que tudo isso era porque os meninos estão indo embora? (eles vão se sentir mais ainda tendo um texto inteiro falando deles)
Já na escola muita gramática, a hora não passava, eu tinha vontade de arrastar o ponteiro do relógio para ele andar mais rápido. Hoje a professora mudou todo mundo de lugar, como era na primeira serie do ensino fundamental, sabe? Intercalou um aluno de cada país, segundo ela era para separar os coreanos, porque eles são em grande numero na sala, mas sabemos que não é isso, na verdade a professora chata da aula B, com certeza reclamou que nós estávamos falando muito durante a aula e que ela tinha que ficar pedindo para a gente falar em inglês todos os dias, mas tudo bem, se não podemos falar, escrevemos, rs....
Finalmente chegou na hora do almoço, esse foi o almoço mais esperado desse ultimo um mês. Saímos da escola e fomos (Eu, Lucca, Marcel, Renato, Gabi e Jéssica) almoçar pela ultima vez com os meninos do Rio. Eles escolheram comer no Earls Restaurante (almoçamos nesse restaurante em Whistler), mesmo porque é em baixo do apartamento deles, a preguiça no ultimo dia falou mais alto. Pedimos a mesma comida que comemos em Whistler (massa), mas não estava como a de lá, estava boa, mas a de Whistler... tudo de Whistler é melhor, rs..... ficamos um bom tempo conversando e claro relembrando tudo o que vivemos juntos.
Lembro-me até hoje do dia que conheci esses garotos, nós fomos a Chinatown e o Renato convidou eles para irem com a gente, eles estavam com vergonha ainda, não brincavam muito, ficaram a maior parte do passei falando no nextel (habito que durou até o final da viagem), eu querendo tirar foto de tudo e eles nem aí, confesso que achei eles bem estranho, tentava achar um motivo pelo qual o Renato havia chamado eles para andar com a gente, três moleques do Rio, marrentos, mas como eles não ligaram muito para a gente durante o passeio, achei que eles não fossem levar a amizade adiante, mas eu estava engana. No dia seguinte, fomos almoçar e eles também foram, depois a noite fomos para a balada e eles lá novamente, foi aí que eles me conquistaram. São marrentos, fazem umas brincadeiras que eu adoro (ficar chutando o outro na rua e a brincadeira de tapa no saco), falam muito feio (rs), cada gíria que não entendo nada, são muito bagunceiros e o melhor, o maior defeito deles é não saber o defeito (André então... rs) mas não adianta, eu não largo mais esses meninos.
Três amigos, mas três personalidades diferentes. Enzo chegou todo quieto, não falava com ninguém, sempre almoçava sozinha, brincávamos que ele não tinha coração, pois dificilmente dava espaço para brincadeiras, nunca queria sair nas fotos, até que o menino mudou e mudou muito, foi conhecer a Caprice e morder a maça (como diz Renato) que virou outra pessoa. Nicolas só conhecendo para saber, é o mais cabeça de todos, às vezes tem seu momento tapa no saco, rs... mas é o mais centrado, procura resolver as coisas conversando, ama uma night (aprendiiii), gosta de brincar com os outros e valoriza uma boa amizade. André, esse é só tamanho, foi com quem eu mais me identifiquei, falava o que tinha para falar, chorava quando sentia vontade, era muito carente (coitada de quem namorar esse garoto, rs), sempre chamava a gente para sair, animava todo mundo, era o gogoboy de Vancouver, bem que ele tentou mas não conseguiu me ensinar a dançar, rs...
Chegou a hora da despedia. Achei que eu fosse chorar muito, pois toda vez que eu pensava em me despedir deles já dava uma dor no coração, mas despedida é algo que já está virando rotina nessa minha vida, então fiquei triste sim, mas não chorei (milagre). Foi difícil sair do restaurante e caminhar pelas ruas e eles não estarem juntos, não tinha ninguém para cantar, não tinha brincadeira de chutar o outro, não tinha o “Porra”. Talvez o momento mais difícil do dia, foi revelar para O Enzo o segredo do Vitor do Grêmio, não queria, a final ele se decepcionou comigo, mas não podia mais carregar isso comigo. Enzo você me perdoa? A partir de agora os meninos do Rio são apenas lembranças!!
Saímos do restaurante e fomos para Gastown. Já falei desse lugar aqui, é onde fica o relógio a vapor. As ruas são lindas, parece com as ruas de antigamente. Nesse local ficam as lojas que vendem lembranças da cidade, existem varias lojas, com vários preços e varias coisas que vai desde de roupa até miniatura de esculturas famosas. Quem quer levar recordação de Vancouver é um ótimo lugar para se visitar e foi por isso que fomos em Gastown, Marcel foi fazer suas ultimas compras, ele vai embora na sexta feira. Eu aproveitei e comprei uma bandeira do Canadá para meus amigos assinarem (vai ficar faltando muita gente que já foi embora).
Voltei para casa logo depois das compras, quando cheguei aqui Faith estava de saída. Ela me disse que estava indo ao aeroporto e que eu teria que jantar sozinha, então dei de graças a deus, porque ontem a comida estava horrível joguei até no lixo, passei três dias comendo a mesma coisa, não há estomago que agüente isso. Ela não me disse quem ela iria encontrar no aeroporto, só sei que quando ela chegou tinha voz de homem, eu preferi não sair do quarto, vou deixar para descobrir quem são essas pessoas amanha.

2 comentários:

  1. Tenho nem oq falar...so tenho a agradecer e falar q eu sinto muita saudade de vcs...queria muito estar ai. Brasil nos espera!!

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  2. ahhhhhhhhhhhhhhhhh, q saudd d vcs, meu deus, e o pior q a saudd está doendo já. conhecer vcs foi umas das melhores coisas de Vancouver!!! adorooooooo

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