sábado, 5 de fevereiro de 2011

Sexagésimo primeiro dia – 2 de Fevereiro – Quarta feira

Quem diria, dois meses em Vancouver, o tempo voou, muitas coisas aconteceram. Me lembro quando resolvi viajar, Dudu (meu padrastinho)  me disse que minha viagem teria três partes: a primeira seria chorar todos os dias porque eu queria ir embora, a segunda parte eu iria curtir tudo, e a terceira eu iria chorar porque não queria voltar para a casa. É, acho que estou entrando no terceiro sintoma, na verdade é uma mistura de querer ir embora com uma vontade de ficar, vai batendo um medo, uma insegurança, é algo parecido com o que senti quando vim para cá, não sei o que me espera de volta no Brasil, não sei se vou encontrar as coisas como eu deixe, não sei se alguma coisa mudou, o novo me amedronta e foi com esse pensamento que acordei hoje. A vida é feita de escolhas, eu fiz a minha escolha vindo para Vancouver, abri mão de muitas coisas, mas hoje a única decisão que eu preciso tomar é: ir ou não a Caprice? Essa resposta eu encontrei logo que cheguei a escola, pois encontrei Jéssica e Gabi e lá veio a pergunta: Caprice hoje, neh? Claro, com certeza, Caprice sempre!!!!
Na escola nada de mais, as mesmas chatices de sempre, a professora mudando só os brasileiros de lugar, nada novo, nada que acrescente nesse texto, então vamos ao que interessa, certo?
Almocei e vim para a casa dormir, precisava dormir para agüentar sair a noite, mas confesso que mudei meus planos quando cheguei em casa, pois estava passando o jogo do Flamengo, estréia do Ronaldinho Gaúcho, eu não podia perder. Depois do jogo, aí sim eu dormir.
Hoje participaram do jantar apenas eu, Faith e a mãe japonês, pois ele estava dormindo. A mãe dele não fala muito bem inglês, mas Faith insistia em conversar com a mulher, elas prepararam o jantar juntas, mas minha anfitriã tinha que repetir varias vezes a mesma coisa para que ela entendesse o que deveria fazer. Comi e fui me encontrar com o pessoal.
Ao contrario de quarta feira passada não estava com expectativas, já havia esperado muita coisa e não havia dado certo, então foi apenas por ir, não tive problemas nem mesmo na hora de escolher minha roupa, rs... a festa de hoje seria diferente, pois seria a despedida do Marcel e a primeira balada de um amigo nosso.
Chegamos no horário de sempre a Caprice, 8 e 15, mas a fila estava muito grande, nunca tinha visto uma fila daquele tamanho, o pior é que as pessoas já estavam pegando o carimbo, mas tinha muita gente cortando fila, então não conseguíamos entrar nunca, além de que precisávamos entrar logo para pegar o carimbo e passar para o nosso novo amigo, ele tem 18 anos e aqui a maior idade é 19, então tínhamos que conseguir fazer com ele entrasse sem precisar mostrar o documento.
Como a fila não andava, Renato entrou na balada com uns amigos que estavam mais à frente, passou pelo segurança, pegou o carimbo e voltou para a fila para passar o carimbo para o novo mocinho da turma. Tudo certo, então era hora do nosso novo amigo tenta entrar. O segurança liberou a entrada numa boa, não tivemos problemas, como Renato já na balada, agora era só a gente esperar a nossa vez.
Depois de uma hora em pé no frio, as meninas conseguiram entrar, eu não consegui, pois bem na hora que eu iria apresentar meu documento, o segurança disse que a partir daquele momento ele queria dois documentos e não apenas um. Eu só levo o RG quando eu saio, nunca pediram dois documentos para mim, mas dessa vez.... saí da fila com vontade de chorar, eu não acreditava no que estava acontecendo, todo mundo entrando na balada e eu olhando. Me lembrei da Nathalia, pois ela passava muita dificuldade para conseguir entrar nas festas antes fazer aniversario, é uma sensação horrível, você ver todo mundo entrando, fazendo planos para a noite e você do lado de fora.
Jéssica, minha princesa, teve uma ótima ideia, se Renato conseguiu passar o carimbo para nosso novo amigo, porque ela não iria conseguir passar para mim? Foi o que as meninas fizeram. Gabi pegou o carimbo e voltou para a fila, então escondido, colou o pulso dela no meu e pronto, eu tinha o carimbo para entrar, que alivio!!!!!
Quando consegui entrar, a balada já estava cheia, mas estava muito boa, apesar das musicas serem as mesmas (de acordo com o Marcel até a seqüência é igual), além disso tinha muita gente conhecida (adoro isso).
Voltei antes do horário que eu sempre volto, Marcel estava a fim de vir embora então resolvi fazer companhia para ele. Acho que as coisas estão voltando ao normal!!!

Um comentário:

  1. A tradicional passada de carimbo...pode falar qm mostrou pra vcs isso??

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