domingo, 30 de janeiro de 2011

Qüinquagésimo quarto dia – 26 de janeiro – Quarta feira

Esperei tanto pelo dia de hoje, para chegar aqui e dizer: Pior dia em Vancouver!!!
É engraçado como pequenas coisas se transformam em grandes aqui, tudo isso porque estamos longe de casa, longe da família, longe dos amigos, longe das pessoas que são a base do que construímos diariamente.
Acordei e fui muito feliz para a escola, não estava chovendo, não estava fazendo frio, que maravilha, tudo dando certo para que a quarta feira fosse mais uma vez o melhor dia da semana.
Hoje na escola foi cruel, aprendi nome de animais, fala serio, aprendi isso quando estava no pré no Colégio do Carmo. Estava morrendo de sono, essa matéria ajudou a me dar mais sono ainda. O melhor da escola é a hora que o relógio aponta para 13:10, final da aula, que maravilha, é nesse momento que o dia começa, ainda mais hoje que resolvi comer comida de verdade no almoço. Almocei comida grega ao invés de lanche e batata frita, hoje resolvi não economizar.
Eu, Gabi, Marcel e Jéssica fomos dar uma volta no shopping depois do almoço, precisávamos achar uma blusa para sair à noite, dia de quarta feira aqui é como se fosse sábado no Brasil, temos que colocar a melhor roupa, e como nosso repertorio acabou.... eu acabei comprando uma camisa na “Guess” (estava na promoção, por isso que eu comprei, mesmo porque “Guess” aqui também é caro), Marcel me ajudou escolher a blusa (melhor vendedor que uma loja pode ter, ele convence qualquer pessoa a comprar), as meninas também compraram. Depois das compras vim para a casa, precisava descansar, mesmo porque hoje a noite era dia de andar de limousine.
Encontrei com o pessoal logo no inicio da noite, nos fomos na Caprice pegar o carimbo, pois sem ele não poderíamos entrar na balada, a fila não andava (eles fazem isso para entrar o mínimo de pessoas, pois depois das 10 horas você tem que pagar para entrar na festa) estava dando a hora da gente ir até a escola (marcamos na rua da escola de encontrar nosso veiculo) para andar de limousine, os meninos do Rio não chegavam nunca na Caprice (Marcel, Lucca e Renato já estava na escola a espera do carro), quando já estávamos desistindo e indo embora a fila começou andar, que alivio, bem nesse momento os meninos chegaram, então entramos pegamos o carimbo e fomos nos encontrar com o resto da turma. Quando chegamos no local marcado, Marcel já estava bravo com a gente, a final já fazia uns 10 minutos que o carro estava a nossa espera, mas acabou que deu tudo certo, tiramos algumas fotos e finalmente fomos andar no carro mais lindo do mundo. kkkk
Parecia um sonho para mim tudo o que estava acontecendo, quando eu era criança eu sempre dizia que eu iria morar no Rio de Janeiro e iria ter uma limousine, não havia realizado nenhum dos meus sonhos ainda, pois nunca fui no Rio (estou esperando um convite, rs...) e ter uma limousine seria um sonho, hoje realizei o sonho de andar em uma ao lado dos meninos mais bonitos do Rio (agora falei bem de vocês em meninos, vocês me devem essa, rs...) quer coisa melhor? Nós poderíamos escolher o caminho que queríamos fazer durante essa uma hora, mas estávamos tão empolgados que não falamos sobre isso com o motorista, se alguém me perguntar por onde passei não vou saber dizer, na verdade nem sei se a limousine saiu do lugar, estava tão empolgada que só percebi que o tempo voou. Estávamos em 10 pessoas: Eu, Jéssica, Gabi, André, Enzo, Nicolas, Tayane, Lucca, Renato e Marcel. Não sei quem era o mais feliz de todos nós, o sonho era meu, mas todo mundo curtiu muito, pois fizemos uma “pré” dentro do carro antes de ir para a Caprice. Esse momento talvez foi um dos mais especiais aqui para mim. Pagamos 18 dólares cada um para curtir uma hora dentro do carro (se alguém quiser andar tem que pesquisar o preço é só procurar na Internet).
Mas estava tudo muito bom para ser verdade. Descemos do carro praticamente na porta da balada e como já estávamos com o carimbo passamos na frente de todo mundo e entramos. Que felicidade, mas as coisas deram certo até esse momento, mesmo porque acho que esperei tanto por esse dia que a balada foi horrível. A musica estava legal, na verdade era a mesma de sempre, mas o lugar estava muito cheio, não dava para dar um passo dentro do lugar, alem de que meus planos ficaram sendo somente planos. Passei a festa toda querendo ir embora, não sei o que aconteceu, entrei na balada e perdi totalmente à vontade de ficar no lugar, minha mãe diz que eu tenho um sexto sentido muito forte, que tenho que aprender a lidar com isso, mas ainda não aprendi. Durante a balada foram acontecendo coisas que realmente me fez perceber que eu não deveria estar lá, percebi que realmente amor e amizade não andam juntos, que respeito é algo que trazemos com a gente e que não importa onde estamos ou como estamos (podemos estar até bêbados), mas o respeito não deve acabar nunca. É impressionante como uma simples atitude pode destruir algo que construímos com muito amor durante pouco ou muito tempo. Minha mãe sempre me diz que não temos o poder de fazer com que as pessoas gostem da gente, mas temos o poder de fazer com que elas desgostem, hoje percebi que isso é realmente verdade.
Tem um texto muito famoso de William Shakespeare que diz que “E começa a aprender que beijos não são contratos e presentes não são promessas. E começa a aceitar suas derrotas com a cabeça erguida e olhos adiante, com a graça de uma criança e não com a tristeza de um adulto”. Pena que a gente lê essas coisas, acha bonito, mas só entende na pratica.
Chegou uma hora que percebi que vir para a casa era a melhor solução, pois já tinha visto muita coisa que não era preciso ver.



2 comentários:

  1. Minha amiga é muito chique mesmo né? rsrs
    Andando de limousine? Arrasou!!!

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  2. cah, vc viu só? o problema é q eu quero andar de novo, kkk

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